De pequenos encontros a grandes congressos e feiras, esses ambientes de aglomeração de ideias funcionavam como uma locomotiva de inovação, puxando os mais diversos setores rumo a futuros cada vez mais promissores.
Até que veio a pandemia. O isolamento social. O lockdown.
Por quanto tempo? Março, abril, maio, junho, julho, agosto: curvas de contágio teimosas insistiram - como ainda insistem - em desafiar qualquer intenção de retomada econômica e lançar em um abismo de incertezas qualquer conceito de volta ao normal.
A história nos ensina, no entanto, que toda grande crise impulsiona grandes transformações. Foi assim com a Peste Bubônica, que acabou sepultando o fanatismo religioso da Idade Média e abrindo caminho para o Renascimento e para a era dos descobrimentos; com a Gripe Espanhola, que fez a humanidade repensar suas formas de expressão por meio de movimentos como o Dadaísmo de Duchamp e o Surrealismo de Dalí; com as Grandes Guerras que redefiniram o mundo em um lugar que, se ainda está longe da utopia, é indiscutivelmente mais livre e harmônico do que nos séculos anteriores.
Recalibrando a ótica
Voltando a termos práticos: o que esse ano de 2020 pode reservar de bom para a humanidade? E como, exatamente, é possível sequer enxergar algo de positivo em um setor - o de eventos - que foi praticamente cancelado pela mais sagrada das leis, a da biologia?
É praticamente impossível enxergar o futuro de maneira nítida quando se usa os olhos do passado. Com um novo normal tão avesso a aglomerações, como é possível imaginar futuro para grandes eventos?
Simples: basta pensar em eventos como um meio para algo maior - e não como um fim em si mesmo.
Encontros de tecnologia não existem para aglomerar pessoas: existem para ilustrar novas possibilidades de interação homem-máquina; feiras de livro não foram criadas para juntar milhares de leitores em filas de livrarias e editoras; foram criadas para incentivar o desejo e o acesso à literatura; competições esportivas não têm como objetivo reunir o maior número de fãs no menor espaço possível; têm como objetivo celebrar grandes feitos atléticos.
Ocorre que, em nossos tempos, aglomerações e eventos se fundiram em sinônimos de tal forma que até os modelos de negócio passaram a depender do desconforto do cliente que, para participar, passa mais tempo parado em filas ou perambulando por corredores do que efetivamente aproveitando a experiência pela qual pagou.
E, por mais trágica que a pandemia seja, ela impôs esse efeito colateral fundamental para todo um segmento de mercado: a necessidade da transformação, da reinvenção, do renascimento.
Futuro = Presente - (Coisas que não fazem sentido)
Pense nos grandes eventos do "passado". Neles, era absolutamente normal que o participante gastasse mais com passagens e hospedagens do que com os eventos em si. Era normal que ele precisasse escolher entre palestras concomitantes, perdendo acesso ao conteúdo de uma em detrimento ao de outra. Era normal que ele enxergasse palestrantes como ícones intocáveis, inalcançáveis, e que pudesse apenas ouvi-los (e nunca interagir, de fato, com eles). Agora responda você mesmo: em tempos tão recheados de tecnologia, alguma dessas coisas faz algum sentido?
Não. E é isso que muitos dos "novos" eventos - como o ExpertXP e o Inspiramais, ambos no Brasil - têm utilizado para se reinventar sob a sempre sisuda imposição da pandemia.
Cruzar o mundo em busca de grandes palestras? Basta acessá-las digitalmente, seja ao vivo ou sob demanda. Garantir um contato mais real com o palestrante ou com outros participantes? Basta ingressar em meet-ups individuais ou restritos pre-organizados. E a visita a stands onde negócios possam ser feitos? Stands digitais com vídeos, imagens em alta resolução ou mesmo 3D e realidade aumentada, somadas a salas de reunião com representantes comerciais, conseguem entregar uma experiência ainda melhor que a física, analógica.
Até a possibilidade de match-makings dinâmicos, cruzando dinamicamente perfis de demanda e oferta e conduzindo-os a reuniões privadas, respeitando a integração de agendas, já é uma realidade que revoluciona a experiência de grandes eventos de maneira indiscutível.
E isso tudo faz sentido?
De acordo com os próprios participantes, sim.
Primeiro, porque a intimidade em massa com a tecnologia já é uma realidade indiscutível: sem alternativa para se conectar a seus amigos e familiares, mais de 67% de todos os consumidores globais já iniciaram, a partir de seus dispositivos, streamings de vídeo.
E, segundo, pelas descobertas feitas nesse novo mundo: incríveis 86% dos participantes de eventos virtuais reportaram experiências iguais ou superiores às suas contrapartes físicas.
Que o diga a gigante Canton Fair, na China, que acontecerá de maneira mais tecnológica em plena pandemia. Ou o tradicionalíssimo Tour de France, que uniu os maiores ciclistas do planeta em competições virtuais acompanhadas por milhares de fãs em todo o mundo.
Onde há demanda, há alternativa
Se existe demanda por conteúdo e inovação por parte de um público tão imenso, em todos os cantos do planeta, e se há oferta capaz de supri-la, então não há porque imaginar que um segmento tão fundamental para a evolução da humanidade - o de grandes encontros e eventos - não consiga se manter em franco crescimento.
Basta deixar o passado no passado e entregar-se à inevitável transformação.
A BriviaDez criou o BXS (Brivia Experience Summits), uma plataforma que viabiliza grandes feiras e eventos com o que há de mais sofisticado na tecnologia, de palestras a expos virtuais e match-making corporativo. Conheça mais sobre o BXS clicando aqui.
¹Fonte: USA Today
²Fonte: Social Media Today
Ricardo Almeida - Key Accounts Director da BriviaDez