Você sabe o que é uma empresa data-driven na prática? Como o próprio nome diz, é quando os processos organizacionais da companhia são orientados por dados em todas as suas etapas. Isso significa que a tomada de decisão e o planejamento estratégico têm como base uma análise sistemática e muito bem fundamentada em informações extraídas de dados. Ou seja, não só em intuição e experiência de mercado.
Neste contexto, quando a empresa é orientada a partir dos dados, essas informações passam a fazer parte de todo o processo de tomada de decisão. É tecnologia, experiência e estratégia atuando lado a lado em prol da sustentabilidade do negócio. Mas como essa metodologia funciona?
Neste artigo, mostraremos a importância de aplicar o conceito da cultura data-driven dentro do mercado de seguros. Acompanhe a seguir!
Como levar o data-driven para dentro da sua empresa de seguros?
Em primeiro lugar, é importante destacar o movimento crescente pela conscientização no setor sobre a necessidade de usar os dados, mas com segurança. Tudo para melhorar a experiência do cliente. E, para trabalhar com esse tipo de informação, não basta ser big data. É preciso muito mais do que isso.
Atualmente, a indústria de dados está avaliada em cerca de US$ 189 bilhões, com projeção de chegar à marca de US$ 247 bilhões até 2022. Algumas empresas já começaram a compreender o poder dessas informações como ferramenta estratégica, que deve estar alinhada aos objetivos do negócio.
O bom uso de informações no mercado de seguros pode agilizar e potencializar processos de diferentes formas. Como, por exemplo:
- Agilizar a aceitação e um processamento do sinistro;
- Fazer análises mais assertivas e inteligentes sobre a aprovação de uma apólice;
- Organizar e gerir documentos com dados dos clientes;
- Por meio do compartilhamento via IoT, é possível reduzir a sinistralidade das apólices;
- Captação de vendas e uma abordagem mais assertiva sobre determinado cliente;
- Manter os dados sensíveis em conformidade com a LGPD.
Mesmo assim, uma pesquisa da Friss mostrou que para 45% das seguradoras a qualidade dos dados de fraude coletados representa um desafio. A Friss trabalha no desenvolvimento de software de detecção de fraudes para seguradoras em todo o mundo.
Há outro relatório que reforça a dificuldade do segmento em trabalhar com inteligência de dados. É o "The data-powered insurer: Unlocking the Data Premium at Speed and Scale", da Capgemini Research Institute. Segundo o documento, só 18% das seguradoras são capazes de otimizar o uso de dados para obter vantagem competitiva.
Por que os dados são importantes para as seguradoras?
Os dados também são fundamentais para criar uma conexão, direcionar o conteúdo que fale com seu público e fazer a leitura das informações para entender o histórico. Na estratégia, esse recurso é utilizado para fazer análises preditivas. Ou seja, que antecedem a decisão de uma nova apólice ou definem novos produtos que podem ser lançados.
Por meio da automação e o uso dos bots, as seguradoras ampliam o alcance do seu monitoramento. Ao incorporar o data-driven, é possível estruturar uma experiência mais humana e quase personalizada para cada cliente.
O que é extremamente efetivo neste mercado, pois essa decisão pode impactar diretamente no valor que o segurado deverá investir. A tecnologia, a cultura data-driven e o mindset ágil otimizam processos, reduzem a burocracia e aumentam a assertividade das iniciativas, entre outras vantagens.
No caso de um segmento como o de seguros, esses recursos são especialmente relevantes. Isso acontece por conta da necessidade de respostas rápidas sobre como o cliente deve proceder no caso da ocorrência de algum sinistro.
Passo a passo: a cultura Data-Driven no dia a dia da seguradora
Já demonstramos que as empresas data-driven conseguem previsões mais assertivas, adaptabilidade e reação rápida às mudanças. Mas as vantagens não param por aí! Isso porque ela possibilita, também, agilidade e eficiência na tomada de decisões, além de fomentar a inovação. Veja 4 passos para a implementação desta cultura na indústria de seguros:
1. Estruturação de dados
Nesta primeira etapa, é importante organizar a origem e estrutura dos dados. Procure coletar e organizar os dados disponíveis do cliente. Com os dados unificados, vamos ao segundo passo.
2. Ferramenta de trabalho
É fundamental selecionar as ferramentas mais adequadas para fazer a captação, mineração e análise dos dados de cada segurado. Esta ferramenta deve ter suporte para as principais funcionalidades exigidas, como Inteligência Artificial, automação de processos e integração com diferentes serviços.
3. Capacitação profissional
De nada adianta ter uma boa cultura de dados, se não há uma boa equipe para manuseá-los. Conte com profissionais capacitados para manipular os dados, montar modelos e construir indicadores. Portanto, ao implementar a cultura data-driven na seguradora, lembre-se de comunicar e treinar as pessoas.
4. Proteção dos dados
Estar em conformidade com a LGPD e garantir a proteção dos seus dados através de controle de acessos, firewalls e outros meios de segurança é essencial. Tudo isso para que as informações estejam disponíveis e seguras dentro da empresa.
Além disso, é importante que a cultura de dados seja construída com apoio de todos os colaboradores da empresa, para que o poder das informações seja potencializado. Lembre-se que estamos falando de cultura e, nesses casos, o engajamento faz toda diferença.
Seguradoras tradicionais e insurtechs: uso de dados para inovar processos
De acordo com o estudo World Insurtech Report, da Capgemini Research Institute, 66% dos consumidores no Brasil desejam adquirir seguros de Big Techs, que devem chegar com tudo a esse mercado. O resultado supera a média global de 44% e fica acima da percepção local de 2018 com 48%.
Para manter a competitividade diante desses novos concorrentes, as seguradoras precisam correr atrás da inovação. E um dos pilares do processo de inovação, sem dúvida, é a implementação da cultura data-driven.
Tudo precisa ser monitorado, mensurado, analisado e reportado. Saber quais dados coletar e como examinar essas informações é essencial para levantar novos insights nas áreas de vendas, marketing, produtos, atendimento, experiência do cliente e tecnologia.
Só não se esqueça de estar em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
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Implementar uma cultura data-driven não precisa ser um problema para as seguradoras.
Quando os líderes decidem trazer a inovação para dentro de casa, essas mudanças devem fazer parte e serem intrínsecas à cultura. Com isso, tudo se torna muito mais ágil, integrado, inteligente e tecnológico, otimizando custos e promovendo melhores resultados.
Agora que nós desmistificamos a cultura de dados e mostramos para você um novo caminho para a Transformação Digital dentro da seguradora, o que você está esperando para levar a cultura data-driven para o dia a dia da sua equipe?
Nós sabemos como ajudar. Entre em contato e vamos bater um papo sobre o assunto.