A agricultura sustentável é um conceito que tem ganhado força, principalmente quando se trata do futuro deste modelo de negócio. Afinal, além de contribuir ativamente para a eficiência no plantio, cuidado de animais e desenvolvimento, ela implica em outros benefícios importantes.
Entre eles está uma redução no consumo de insumos, a prioridade de inovar tecnologicamente e uma estrutura mais sustentável, que tenha, sim, o foco de preservação do meio ambiente — mas não só pelo discurso, maspela longevidade dos recursos naturais do nosso planeta.
Afinal, qualquer negócio que pretenda manter-se competitivo dentro do seu segmento precisa levar as métricas ESG — entre elas, a sustentabilidade — em consideração. Afinal, os consumidores estão muito mais exigentes e querem o posicionamento das marcas sobre o tema.
Neste artigo, nós abordaremos traremos informações e insights para mostrar como o papel da tecnologia no desenvolvimento sustentável da agricultura, com foco em economia, gestão e futuro pode ser transformador. Vamos lá?
Por que vale a pena ser sustentável?
No ano de 2020, em que houve uma queda na economia em quase todos os setores, o agronegócio foi o único que cresceu. A alta chegou a 0,4% no segundo trimestre daquele ano, segundo dados do IBGE.
Esse indicador, reflete, em parte, o aumento da demanda por alimentos em todo o mundo.
De acordo com um estudo realizado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), a produção mundial de produtos agrícolas e pesqueiros deve registrar um crescimento de 20% até 2030.
É o resultado direto do aumento populacional e da necessidade de fornecer alimentos para cada vez mais pessoas. Um relatório da ONU também sustenta que a população mundial deve chegar a 9,7 bilhões de pessoas até 2050, ou seja, um crescimento de 2 bilhões de pessoas.
Diante deste cenário, a agricultura sustentável se torna essencial. Isso quer dizer que se torna cada vez mais importante aumentar a produção de alimentos, sem aumentar significativamente a área de cultivo e preservando o meio ambiente.
Porém, um erro ainda muito comum entre aqueles que estão no setor do agronegócio é acreditar que sustentabilidade representa somente a não degradação do meio ambiente por um espírito de responsabilidade social.
A abrangência da sustentabilidade vai muito além disso, incorporando questões de competitividade empresarial, utilização racional dos recursos e, portanto, otimização e qualidade de vida.
Diversas experiências em fazendas que priorizaram ações sustentáveis tiveram como resultado ganhos significativos em produtividade e consequentemente em lucratividade, além de maior empenho de colaboradores e proteção de bens naturais.
O papel da tecnologia nesse processo
Quando o assunto é agricultura sustentável, a conectividade ocupa papel central.
Como sustenta o relatório da consultoria Mckinsey: "Inteligência artificial, análise de dados, sensores conectados e outras tecnologias emergentes aumentam os rendimentos, melhoram a eficiência da água e minimizam os impactos no cultivo das safras e na criação de animais”.
Se o tema da conectividade e da digitalização do campo já vinha sendo muito discutido, após a pandemia de Covid 19, tornou-se um dos temas mais importantes no setor.
Em um evento do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), Michael Kremer, vencedor do Prêmio Nobel de Economia em 2019, afirmou que a pandemia está gerando uma crise de segurança alimentar.
Para ele, o aumento do acesso à tecnologia no meio rural será crucial para superar esse problema. E aí entra também a Agricultura Sustentável.
A tecnologia aliada à pesquisa científica e à educação permitirá que os produtores sejam capazes de complementar seus conhecimentos tradicionais e se adaptar a diferentes realidades, por mudanças climáticas ou modernização do campo.
A conectividade e a tecnologia são capazes de criar fazendas inteligentes, nas quais os processos de gestão e produção estariam integrados.
Com a adoção do Big Data (uso de dados estruturados para análises e construção de estratégias), por exemplo, é possível utilizar as ferramentas e técnicas de forma mais assertiva, economizando tempo, dinheiro e garantindo maior produtividade.
A chamada Internet das Coisas (IoT) também pode ser uma grande aliada nesse processo! Otimizar recursos através de sensores, câmeras e drones conectados à internet auxiliam em um monitoramento inteligente em toda a fazenda.
E o Brasil em meio à evolução do conceito de Agricultura Sustentável?
Líder na digitalização do ramo agrícola, o Brasil já vem demonstrando que é possível reduzir as emissões de poluentes, diminuir os custos com maquinário e recursos, reaproveitar matéria-prima e apostar em produtos biodegradáveis.
> Podemos dar um exemplo utilizando o próprio recurso de IOT
Esse recurso garante maior produtividade e um menor consumo de insumos por hectare. Além disso, a IoT adotada em grande escala pode aumentar o abastecimento agrícola e manter os preços dos alimentos baixos por longos períodos.
O Governo Federal aprovou, em 2019, o decreto nº 9.854 que institui o Plano Nacional de IoT.
Já é muito frequente a utilização de sensores na agricultura de precisão e na agricultura digital. Além de ser aplicável na agricultura sustentável.
A tecnologia otimiza e gera valor para o processo produtivo e, com a aprovação do decreto, a tendência é que isso aumente ainda mais.
> Outro grande parceiro do agricultor brasileiro e do meio ambiente são os drones
Eles são capazes de identificar áreas com maior necessidade de insumos, minimizando o desperdício de recursos. Ao diminuir o consumo de água, energia elétrica e produtos químicos, por exemplo, o produtor reduz também a emissão de CO2.
E isso é uma das pautas da agricultura sustentável mais urgentes do setor. Segundo o Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG), o segmento é responsável por 73% das emissões de gases estufa no Brasil.
Por fim, é importante destacar que tem sido crescente a preocupação de entidades internacionais a respeito da conformidade de seus fornecedores com políticas de combate à degradação ambiental.
Assim, tornar a produção mais ecológica é interessante não apenas do ponto de vista dos custos e da responsabilidade social, mas também para garantir a demanda que vem de fora.
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Como mostramos ao longo do artigo, tecnologia e sustentabilidade são fundamentais para estar bem posicionado no mercado do agronegócio e aliar esses dois fatores precisa ser prioridade de todos aqueles que desejam se manter competitivos no mercado.
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